12/01/1912 – 05/12/2013
Mossoró perdeu no último no dia 5 de janeiro de
2013 (sábado) um dos ícones da cultura
local, a artista plástica Marieta Lima. Ela sofreu uma parada cardíaca em sua
residência e morreu a caminho do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Seu
corpo foi sepultado no domingo (6), no cemitério São Sebastião.
A pintora, que iria completar no próximo dia 12 seu 101º aniversário, foi homenageada no ano passado pelo seu centenário e por sua grande importância para o município, uma vez que divulgou para o Brasil e o mundo suas pinturas e abriu caminhos na profissão para outros mossoroenses.
A artista possui quadros em diversos países, tais como Holanda, Portugal, Itália e Estados Unidos. A religiosidade e a natureza morta eram temas recorrentes em suas telas. Mas Marieta não se limitou apenas à pintura, ela era uma artista multifacetada que se interessava por política e poesia, além de ter adquirido o gosto de ensinar a outras pessoas o amor pela arte.
Sua filha Ivanilde Medeiros disse que desde muito jovem sua mãe demonstrou inclinação para as artes. "Ela começou a pintar com as freiras, e sempre foi a melhor aluna da classe. Seu primeiro quadro, 'A Madonna', foi assinado em 1924 quando ela tinha apenas 12 anos. Até mesmo após perder um olho, minha mãe continuou pintando", destacou Ivanilde.
O artista plástico Carlos Antônio Figueiredo, mais conhecido como Careca, destacou a importância de Marieta na cultura local.
"Ela foi pioneira na cidade, abriu as portas para muitos artistas da terra, além disso ensinou a muita gente. Nós sabemos que nossa profissão possui muitas dificuldades e ela sempre lutou muito, principalmente na época em que deu aulas. A profissão naquela época, década de 1940, era muito complicada, principalmente para uma mulher".
O poeta Rogério Dias ressalta que como pioneira na profissão, a artista difundiu em Mossoró o verdadeiro significado de ser artista plástico.
"Ela era ativista política e cultural, e participou de diversos movimentos em prol das artes plásticas. Mesmo tendo sua importância na década de 1920, a imprensa não soube reconhecer seus méritos. Ela solidificou a profissão na região. Antes os artistas que atuavam no ramo eram conhecidos como pintores, com o surgimento de Marieta o nome artista plástico começou a ser difundido", explicou Rogério.
Além dos quadros, Marieta também trabalhou na restauração de imagens sacras e de tetos de igrejas. A artista foi a primeira mossoroense a usar macacão para o exercício de sua profissão. Sobre suas facetas, em uma de suas últimas entrevistas, Marieta falou que "gostava muito de pintar, era o meu fraco".
O talento de Marieta foi eternizado pela Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (Aflam), através de homenagem na revista do órgão que prestigiou os 100 anos da artista.
A pintora, que iria completar no próximo dia 12 seu 101º aniversário, foi homenageada no ano passado pelo seu centenário e por sua grande importância para o município, uma vez que divulgou para o Brasil e o mundo suas pinturas e abriu caminhos na profissão para outros mossoroenses.
A artista possui quadros em diversos países, tais como Holanda, Portugal, Itália e Estados Unidos. A religiosidade e a natureza morta eram temas recorrentes em suas telas. Mas Marieta não se limitou apenas à pintura, ela era uma artista multifacetada que se interessava por política e poesia, além de ter adquirido o gosto de ensinar a outras pessoas o amor pela arte.
Sua filha Ivanilde Medeiros disse que desde muito jovem sua mãe demonstrou inclinação para as artes. "Ela começou a pintar com as freiras, e sempre foi a melhor aluna da classe. Seu primeiro quadro, 'A Madonna', foi assinado em 1924 quando ela tinha apenas 12 anos. Até mesmo após perder um olho, minha mãe continuou pintando", destacou Ivanilde.
O artista plástico Carlos Antônio Figueiredo, mais conhecido como Careca, destacou a importância de Marieta na cultura local.
"Ela foi pioneira na cidade, abriu as portas para muitos artistas da terra, além disso ensinou a muita gente. Nós sabemos que nossa profissão possui muitas dificuldades e ela sempre lutou muito, principalmente na época em que deu aulas. A profissão naquela época, década de 1940, era muito complicada, principalmente para uma mulher".
O poeta Rogério Dias ressalta que como pioneira na profissão, a artista difundiu em Mossoró o verdadeiro significado de ser artista plástico.
"Ela era ativista política e cultural, e participou de diversos movimentos em prol das artes plásticas. Mesmo tendo sua importância na década de 1920, a imprensa não soube reconhecer seus méritos. Ela solidificou a profissão na região. Antes os artistas que atuavam no ramo eram conhecidos como pintores, com o surgimento de Marieta o nome artista plástico começou a ser difundido", explicou Rogério.
Além dos quadros, Marieta também trabalhou na restauração de imagens sacras e de tetos de igrejas. A artista foi a primeira mossoroense a usar macacão para o exercício de sua profissão. Sobre suas facetas, em uma de suas últimas entrevistas, Marieta falou que "gostava muito de pintar, era o meu fraco".
O talento de Marieta foi eternizado pela Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (Aflam), através de homenagem na revista do órgão que prestigiou os 100 anos da artista.
MARIETA LIMA TEVE UMA VIDA MARCADA
PELO AMOR À ARTE
Marieta Lima começou a pintar aos 10 anos de idade, demonstrando seu potencial artístico através de trabalhos desenvolvidos em carvão, na Fazenda do Carmo, local onde foi criada.
O talento artístico de Marieta Lima na pintura foi descoberto no Colégio das Freiras, nos anos 1920, sendo que sua primeira obra assinada data de 1924, quando desenhou "A Madonna".
Marieta foi precursora das artes em Mossoró. Ela transformou sua casa em ateliê, recebendo em sua residência simpatizantes da pintura e pessoas da alta sociedade. Além da pintura, Marieta Lima também desenvolveu outras atividades artísticas no decorrer de sua vida, trabalhando com arranjos e decoração para festas e ainda como cabeleireira.
Entretanto, foi nas artes plásticas que ela se destacou, sendo referência e exemplo para outros artistas da cidade e também para seus familiares. Dois de seus quatro filhos dedicaram-se à pintura.
Sempre inovadora, Marieta Lima foi a primeira mulher em Mossoró a usar macacão para conseguir exercer suas atividades artísticas. Marieta Lima também lecionou artes plásticas na Escola Normal, nos anos 1950, e foi entre os anos 60 e 70 que ela começou a participar ativamente da vida política em Mossoró.
Ainda lúcida, Marieta Lima vivia sob os cuidados de uma de suas filhas, Ivanilde Medeiros. Ao longo de sua trajetória artística, Marieta Lima pintou mais de dois mil quadros. Ela aposentando-se na década de 1990.
FONTE: O MOSSOROENSE
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